Mastectomia: saiba o que é e como o procedimento é feito

A mastectomia é um dos tipos de tratamento cirúrgico indicados para o câncer de mama

 

Após o diagnóstico do câncer de mama – tumor maligno que se desenvolve pela multiplicação desordenada de células da mama –, é iniciado o tratamento, que varia conforme o estadiamento da doença, as características biológicas e as condições da paciente, como idade, presença de comorbidades e estilo de vida. Quanto mais cedo for detectada a condição, maiores são as chances de um desfecho de sucesso, que pode chegar a 95%. Quando falamos em tratamento para câncer de mama, ressaltamos que existem as terapêuticas sistêmicas – quimioterapia, hormonioterapia e drogas-alvo – e as abordagens locais – cirurgia e radioterapia.

 

mastectomia é um dos tipos de tratamento cirúrgico indicados para o câncer de mama. O procedimento é caracterizado pela retirada completa da mama, no caso de a cirurgia conservadora, que preserva a maior parte da mama, não poder ser realizada.

 

Neste blog, entenda o que é mastectomia, quais são os tipos e em quais casos ela é indicada. Quem explica o assunto é a Dra. Giovanna Gabriele, mastologista do Hospital Nove de Julho. Saiba mais!

 

O que é​ mastectomia?

Conforme explica a Dra. Giovanna Gabriele, “a mastectomia consiste na cirurgia para a remoção de uma ou das duas mamas, indicada para o tratamento de pessoas que têm o diagnóstico de câncer de mama ou para a redução do risco de desenvolvimento de câncer de mama em mulheres com mutações genéticas de alta penetrância. A indicação para o procedimento, bem como o tipo, é feita a depender da avaliação de cada caso”.

 

Ainda de acordo com a médica, há também a possibilidade de realização do procedimento em casos de incongruência de gênero, como ocorre em homens trans, pessoas que nasceram com o sexo biológico feminino, mas que se identificam com corpos masculinos.

 

Saiba mais sobre dor nas mamas.

Em quais casos ​​​a mastectomia pode ser indicada?

A indicação médica para a mastectomia pode acontecer nos seguintes casos:

 

  • Alto risco de a mulher desenvolver câncer de mama, chamada de mastectomia redutora de risco;
  • Para complementar o tratamento de quimioterapia para combater o câncer de mama, em caso de doença com grande volume tumoral;
  • Para prevenir o câncer na outra mama, caso a mulher já tenha tido câncer de mama;
  • Quando a mulher apresentar carcinoma in situ extenso, para evitar a progressão da doença;
  • Nos casos em que há um desejo de retirar as mamas, como incongruência de gênero.

 

Leia também sobre: câncer de mama, reconstrução é possível.

Mas​​​tectomia preventiva: quem pode fazer?

A modalidade mastectomia preventiva é realizada com o objetivo de diminuir as chances de desenvolvimento do câncer, indicada em casos de as mulheres apresentarem alto risco da doença, ou seja, as que têm histórico familiar e alterações genéticas importantes que podem causar o câncer.

 

Veja também sobre câncer de mama em mulheres mais jovens e mais velhas.

Quais são os tipos ​​de mastectomia?

Adenomastectomia ou adenectomia – é a remoção da mama com a preservação de toda a pele, inclusive da aréola e do mamilo.

 

Mastectomia total ou simples – remoção completa da mama, com pele, aréola e mamilo.

 

Mastectomia radical – é a retirada de toda a mama, além dos músculos debaixo dela e dos gânglios da região da axila (linfonodos).

Como é o pós​​-operatório da mastectomia?

O período de internação dura, em média, três dias. O pós-operatório pode provocar cansaço, dor no peito e no braço. Na grande maioria dos casos, quando há desejo da paciente, é realizada a reconstrução mamária imediata, com técnicas de oncoplastia.

 

Para aliviar a dor, são prescritos medicamentos e realizados exercícios de fisioterapia e drenagem linfática quando necessário. Em grande parte dos casos, a cirurgia não apresenta complicações e a recuperação completa acontece, em média, em dois meses. Nos casos de câncer de mama, o tratamento médico deve continuar, e podem ser indicadas radioterapia e quimioterapia complementares.

 

Além disso, são importantes o apoio da família e um acompanhamento psicológico para lidar com questões relacionadas com o tratamento de retirada das mamas. O fator psicológico é bastante relevante nesse período, pois muitas mulheres podem ter a autoestima abalada.

Saiba também: mitos e verdades sobre o câncer de mama.

Mas​​​tologia

Mastologia é a especialidade médica que estuda e trata as patologias que atingem as mamas, que podem ser benignas ou malignas. O Hospital Nove de Julho conta com mastologistas altamente qualificados, que trabalham de forma integrada com uma equipe multiprofissional composta por médicos oncologistas, ginecologistas, radiologistas, médicos nucleares e radioterapeutas, entre outros.

Outro diferencial é a Clínica da Mulher, dedicada a manter o cuidado especial da saúde desse público. Assim, damos assistência a elas em todas as idades, do diagnóstico à prevenção de doenças, por meio da realização de exames e consultas com profissionais de diversas especialidades.

Fonte: Hospital Nove de Julho

Participação no podcast Dasa.Educa

 

No mês dedicado a conscientização do câncer de mama, tive o prazer de participar do podcast dasa.educa abordando um tema fundamental: O tratamento do câncer de mama.

Sabemos que a tecnologia evoluiu muito, e com ela, diversos fatores são considerados no momento da escolha do melhor tratamento. É importante saber que o tratamento é multidisciplinar e depende dessas áreas em conjunto para elaborar um plano para a paciente, combinando diferentes ferramentas com o objetivo de se obter os melhores resultados. Para entender melhor o assunto, confira o podcast na íntegra.

Outubro Rosa | Apoio e cuidado são aliados contra o câncer de mama

Um olhar, uma palavra de apoio, um gesto de carinho. Além de estrutura, tecnologia e profissionais experientes, o cuidado e a humanização fazem toda a diferença quando se recebe o diagnóstico de câncer de mama. É a união desses fatores que constrói histórias de força e superação, como a história de Tatiana Guimarçaes, minha paciente no Hospital Sírio-libanês. Aproveite o Outubro Rosa para compartilhar o vídeo com quem precisa dessa mensagem.

5 dicas para prevenir o câncer de mama

No mês de outubro, levantamos a bandeira da conscientização sobre o câncer de mama.

No primeiro vídeo da série, abordaremos um tema
importante: Você sabe como prevenir o câncer de mama?

Lembre-se: o melhor tratamento é a prevenção ?

 

Amamentar Durante a Gravidez

Sabemos que a amamentação é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê e que também beneficia a mãe, porque o ato está relacionado com menor risco de desenvolver câncer, osteoporose e diversas outras doenças. Porém, quando a mulher que ainda amamenta fica grávida ela pode continuar amamentando o filho mais velho? A resposta é sim, até porque geralmente não existe contra indicação.
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Antes de iniciar a jornada dupla é importante saber que na gravidez, os hormônios focam totalmente no desenvolvimento do feto e o leite tende a diminuir de forma considerável podendo não ser mais suficiente para alimentar o maior. A boa notícia é que é comum que a criança mais velha deixe de mamar aos poucos, isso porque durante a gestação o sabor do leite muda, fazendo com que a criança não busque mais o leite na mesma frequência. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀

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Outro fator determinante é que durante a amamentação a mulher perde peso facilmente, o que requer maior atenção em caso de mamães que pretendem fazer jornada dupla. No período da gravidez não abra mão de um profissional especialista em saúde da mama.
Dra. Giovanna Gabriele – Médica Mastologista. (11 3514 6000)

Chip Hormonal e o Câncer de Mama

O Chip hormonal é uma forma contraceptiva que está caindo no gosto das mulheres, principalmente por prometer diminuir desconfortos da menstruação, aumentar a libido e descartar a necessidade do compromisso diário, como no caso do contraceptivo de via oral. Além disso ele também melhora o contorno corporal, diminui a gordura e a celulite e melhora a auto-estima da mulher. Como em todo tratamento hormonal, logo foi levantada a questão sobre o risco de câncer de mama nesse novo método. ⠀⠀

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Ainda não existe segurança comprovada em relação ao uso do chip hormonal e o aumento no risco do câncer de mama. O que se sabe é que doses exageradas de hormônios podem aumentar o risco e antecipar o surgimento de câncer em algumas mulheres.

Alguns hormônios específicos apresentam ligação com o risco de câncer de mama. O mais importante para prevenir o aumento do risco de efeitos colaterais e doenças é encontrar uma boa profissional que indique o tratamento adequado para cada paciente.Dra. Giovanna Gabriele – Médica Mastologista. (11 3514 6000)

Atividade Física Ajuda a Prevenir o Câncer de Mama

Uma pesquisa recente feita em parceria com o Ministério da Saúde, aponta que 12% das mortes por câncer de mama no Brasil são causadas pelo sedentarismo. A pesquisa mostra também que 51% das mulheres jovens, com idade entre 18 e 24 anos praticam atividade física em quantidade insuficiente. A prática de atividade física ideal é de pelo menos 30 minutos por dia de atividades de intensidade moderada, ou 45 minutos, 3x por semana.
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Praticar atividade física ajuda na prevenção de diversas doenças, inclusive do câncer de mama, porque melhora o metabolismo de alguns hormônios relacionados a esse tipo de câncer, podendo melhorar também o quadro de pacientes com a doença. Reduzir o sedentarismo a longo prazo também fortalece ossos e músculos, controla o peso, reduz a ansiedade, o estresse e melhora a disposição.
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Além disso, é importante aliar a rotina de exercício a uma alimentação saudável baseada no consumo de alimentos naturais e minimamente processados, baixo consumo de açúcar, de álcool e interrupção do tabagismo. Todos esses hábitos em conjunto reduzem consideravelmente o risco do desenvolvimento do câncer de mama. Dra. Giovanna Gabriele – Médica Mastologista. (11 3514 6000)

Prótese de silicone e contratura muscular

Apesar de rara, precisamos falar de contratura capsular. Trata-se de uma reação que pode ocorrer no organismo das mulheres que colocaram próteses de silicone nas mamas. Sempre que um corpo estranho é detectado pelo organismo, ele desenvolve uma membrana fina que funciona como sistema de defesa. Essa cápsula envolve a prótese e a mantém isolada do organismo. A cápsula não causa problemas a saúde. Dependendo da espessura dessa cápsula, a mama pode ficar mais endurecida e dolorida.
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Mulheres que passam pela radioterapia durante o tratamento do câncer de mama e optam pela reconstrução mamária com prótese de silicone, estão mais propensas a desenvolver contratura capsular, segundo estudos. Mesmo com maiores taxas de contraturas, a reconstrução mamária não é contra-indicada para pacientes com esse histórico.
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É importante estar atenta aos seguintes sintomas: endurecimento da mama; assimetria entre as mamas; dor na região; ondulações visíveis na prótese. Contudo, você pode ficar tranquila, pois, além de raro, o problema pode ser facilmente resolvido pela médica.
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Hoje em dia, as marcas de próteses de silicone já utilizam tecnologias que diminuem consideravelmente as chances de contratura capsular. Por isso, é fundamental escolher bem uma marca de silicone, junto com sua médica mastologista. Dra. Giovanna Gabriele – Médica Mastologista. (11 3514 6000)

Prefira tops que priorizem sustentação e conforto

Para todas as atividades físicas, como caminhadas e corridas, sempre que possível, tenha como prioridade a sustentação e o conforto de suas mamas. Uma dica importante é evitar modelos com costuras laterais, que podem marcar ou machucar a pele das mamas ou da região axilar. Quanto ao tecido: dê preferência aos tops produzidos em fibras sintéticas à base de celulose ou algodão, que permitem boa respiração da pele.
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Giovanna Gabriele – Médica Mastologista. (11 3514 6000)

Passe protetor solar nas mamas

Antes de desfrutar do sol do verão, é bom estarmos atentas aos cuidados com a pele, especialmente a das mamas. A pele das mamas costuma ser fina e sensível como a de uma criança pequena. Mesmo estando vestida, passe o protetor solar nas mamas, pois os raios solares podem ultrapassar a roupa.
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Giovanna Gabriele – Médica Mastologista. (11 3514 6000