O que o ultrassom de mama pode detectar?

O ultrassom da mama se tornou uma ferramenta essencial na medicina. Com a capacidade de visualizar em detalhes o tecido mamário, o procedimento auxilia tanto na detecção precoce de do câncer de mama, como no acompanhamento da doença já diagnosticada.

Continue a leitura e saiba mais sobre o exame, seus sinais e sintomas e quando é indicado a realização.

Ultrassom da mama: o que é?
Trata-se de um exame não invasivo, realizado por um médico, que auxilia na identificação e diagnóstico de alterações mamárias.

Sinais de alterações nas mamas
Alguns dos sinais e sintomas mais comuns de alterações nas mamas incluem:

– Nódulos palpáveis (que podem ser sentidos ao tocar ou examinar as mamas);
– Caroços nas mamas ou axilas (a diferença para o nódulo é que o caroço é oco e não maciço como o nódulo, podendo conter ar, líquido, sangue, pus ou outros fluidos);
– Retração no mamilo (mudança na posição ou forma do mamilo);
– Saída de secreção pelo mamilo;
– Vermelhidão nas mamas;
– Dor nas mamas;
– Endurecimento nas mamas.

Quando o ultrassom da mama é indicado?
O ultrassom da mama é indicado nas seguintes situações:

– Antes de qualquer cirurgia mamária, independentemente da idade.
– Como exame complementar da mamografia, para auxiliar no diagnóstico de lesões suspeitas.
– Quando existem alterações palpáveis no exame físico.
– Para avaliação de próteses mamárias.

Como é o preparo para o exame?
Não é necessário preparo para o exame de ultrassom da mama.

O que é a classificação BI-RADS?
A classificação BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System), e em português (Sistema de Laudos e Registro de Dados de Imagem da Mama), é, como o próprio nome diz, um sistema utilizado para categorizar os resultados de exames mamários, como ultrassom, mamografia e ressonância. A classificação é estruturada da seguinte forma:

Bi-Rads 0: exame inconclusivo.
Bi-Rads 1: ausência de alterações.
Bi-Rads 2: exame com achados benignos.
Bi-Rads 3: alterações provavelmente benignas (com menos de 2% de chance de malignidade). Recomenda-se seguimento semestral.
Bi-Rads 4: alterações suspeitas. Biópsia indicada.
Bi-Rads 5: alterações suspeitas. Biópsia necessária, com 95% de chance de malignidade.
Bi-Rads 6: diagnóstico de câncer pré-estabelecido.

Quando procurar por um mastologista?
Ao perceber qualquer mudança nas mamas, é aconselhável consultar um mastologista, independentemente do gênero ou idade. Vale lembrar que, embora menos comum, homens também podem desenvolver câncer de mama.

Para aqueles com histórico familiar de câncer de mama, sugere-se uma avaliação especializada a partir dos 25 anos para determinar o risco de desenvolver a doença e orientar sobre o momento adequado para iniciar os exames de rastreio.

Em pessoas com risco habitual, a mamografia é recomendada a partir dos 40 anos.

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Mastologista: o que faz e quando procurar o especialista

Por Tiemi Osato

Fonte: Giovanna Gabriele, médica mastologista e chefe da equipe de Mastologia do Hospital Nove de Julho

O mastologista é frequentemente procurado por mulheres. No entanto, esse profissional também atende homens, estando habilitado a cuidar de questões referentes às mamas em geral.

Mastologista: o que é?
O mastologista é o médico especializado na saúde das mamas. Ao longo de sua formação, ele realiza uma primeira residência médica em Cirurgia Geral ou Ginecologia e Obstetrícia e, em seguida, faz uma segunda residência em Mastologia.

Esse profissional é responsável pelo diagnóstico e pelo tratamento clínico ou cirúrgico de condições relativas às mamas que podem afetar tanto mulheres como homens.

Quais doenças o mastologista trata?
O mastologista trata doenças mamárias em todas as fases da vida, atendendo crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Algumas das condições mais frequentes na população são:

Mastalgia (dor nas mamas);
Cistos mamários;
Nódulos mamários;
Câncer de mama;
Ginecomastia (aumento das glândulas mamárias em homens);
Polimastia (aumento do número de mamas em mulheres);
Mastite (inflamação das mamas).
Quando procurar um mastologista?
É importante procurar um mastologista caso o paciente note qualquer alteração nas mamas.

Na ausência de sintomas, recomenda-se que as mulheres marquem uma primeira consulta com o mastologista por volta dos 25 anos. Assim, pode ser feita uma avaliação de risco para câncer de mama com base na história pessoal da paciente e nos seus antecedentes familiares.

A partir dos 40 anos, o ideal é que todas as mulheres consultem anualmente o mastologista e realizem a mamografia também uma vez ao ano.

Quais exames o mastologista pode solicitar?
O principal exame solicitado pelo mastologista é a mamografia, que ajuda a detectar precocemente o câncer de mama.

Além da mamografia, é comum que o médico peça exames como ultrassom, ressonância magnética e, a depender do caso, biópsias mamárias.

Mastologista online: como é feita a consulta?
Na consulta online, o mastologista faz as mesmas perguntas que costuma fazer presencialmente: o médico procura entender quais as queixas do paciente, quais medicamentos o indivíduo usa, se foi realizada alguma cirurgia recentemente e se há histórico de câncer de mama na família.

Embora não seja possível fazer o exame físico (palpar as mamas e as axilas para avaliar alguma eventual alteração) por telemedicina, muitas vezes o mastologista consegue adiantar a solicitação de exames ou fornecer um aconselhamento ao paciente durante a consulta online.

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Giovanna Gabriele: A Paixão pela Mastologia e o Compromisso com a Saúde das Mulheres

Por: Moreira Comunicação

Giovanna Gabriele, médica mastologista com mais de 15 anos de experiência, é referência no campo da saúde mamária e no tratamento do câncer de mama no Brasil. Formada pelo renomado Hospital Sírio-Libanês, ela construiu uma carreira sólida e admirada, destacando-se pelo cuidado humanizado e pela busca constante por novos conhecimentos.

Desde o início de sua trajetória, Giovanna sempre buscou ampliar seus horizontes. Fez estágios no exterior em centros de referência como Nova Iorque, Estrasburgo e Chapel Hill, além de ter se especializado em oncogenética no Hospital Israelita Albert Einstein. Hoje, além de sua prática clínica, atua como assistente na residência de mastologia do Hospital Sírio-Libanês, cargo que ocupa desde 2014, e coordena equipes nos hospitais Nove de Julho e São Camilo Pompéia.

Seu comprometimento com a saúde feminina vai além do combate ao câncer. Giovanna tem como missão proporcionar um atendimento completo, ético e empático, promovendo não apenas a cura da doença, mas também ajudando suas pacientes a recuperarem a autoestima e a qualidade de vida. “Minha missão é promover a cura do câncer de mama, mas acima de tudo, proporcionar para minhas pacientes uma vida livre de dores mamárias, mamas mais saudáveis e bonitas que restauram a qualidade de vida, a autoestima e o bem-estar”, afirma.

A paixão pela mastologia e pela cirurgia fez com que, ainda no primeiro ano de faculdade, apresentasse seu primeiro trabalho em um congresso internacional. Desde então, tem participado de inúmeros eventos e projetos que a mantêm na vanguarda da medicina mamária. Ela acredita que cada paciente é única e merece um tratamento personalizado, que une tecnologia de ponta e sensibilidade no cuidado.

Além de sua carreira, Giovanna Gabriele também se dedica à sua família. Casada e mãe de dois filhos, ela mantém a fé cristã como um pilar fundamental em sua vida pessoal e profissional, o que fortalece sua ética e comprometimento com as pacientes.

Como mastologista, ela acredita no poder transformador de um diagnóstico precoce e de um acompanhamento contínuo. “Ajudar as mulheres a terem mamas mais saudáveis e mais autoestima é o que me move”, diz. Giovanna é mais do que uma médica; é uma aliada das mulheres em sua jornada pela saúde e bem-estar.

VEJA AQUI > Giovanna Gabriele: A Paixão pela Mastologia e o Compromisso com a Saúde das Mulheres

Como é a vida depois do câncer de mama? Mastologista desmistifica estigmas

Por Estados de Minas

No cenário global de conscientização sobre o câncer de mama, estamos no mês internacionalmente reconhecido como o “Outubro Rosa”. Durante este período, o foco é direcionado para a promoção do diagnóstico precoce e a prevenção da doença. Você sabia que o câncer de mama afeta uma em cada quatro mulheres diagnosticadas com câncer em todo o mundo? E que uma em cada oito mulheres pode receber esse diagnóstico ao longo de suas vidas? De acordo com estimativas do Global Cancer Observatory (Globocan), elaboradas pela International Agency for Research on Cancer (Iarc), um em cada cinco indivíduos enfrentará o câncer em algum momento de suas vidas.

Os 10 principais tipos de câncer representam mais de 60% do total de casos novos. Entre as mulheres, o câncer de mama é o mais comum, com 2,3 milhões de casos novos (24,5%), seguido pelo câncer de cólon e reto, com 865 mil casos (9,4%); câncer de pulmão, com 771 mil casos (8,4%); câncer de colo do útero, com 604 mil casos (6,5%); e câncer de pele não melanoma, com 475 mil casos novos (5,2%) em todo o mundo.

Entretanto, é crucial direcionar nossa atenção não apenas ao diagnóstico e tratamento, mas também ao período pós-tratamento, e compreender como as mulheres enfrentam a vida depois da superação do câncer de mama.

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“Autoexame não previne Câncer de Mama”, alerta médica mastologista

Por ABC Focado em você

Na batalha contra o câncer de mama, a informação continua sendo uma das mais poderosas ferramentas para detecção precoce e enfrentamento do diagnóstico. Com a chegada do Outubro Rosa, renovamos o compromisso de dedicar um mês inteiro à conscientização sobre a doença, ampliando o diálogo responsável. No entanto, é importante lembrar que nem todas as medidas amplamente divulgadas possuem a eficácia que muitos imaginam.

A Dra. Giovanna Gabriele, mastologista especialista em cirurgia oncológica e integrante da Comissão de Genética e Alto Risco da Sociedade Brasileira de Mastologia, chama atenção para a necessidade de reavaliarmos o papel do autoexame como método preventivo, ressaltando que ele pode não ser tão eficiente quanto se imagina na detecção precoce do câncer de mama:

“É comum que muitas mulheres ainda acreditem que o autoexame seja eficaz para a detecção precoce do câncer de mama, mas a ciência já demonstrou que isso não é suficiente. Para obter um diagnóstico preciso, é necessário realizar exames mais específicos, considerando as particularidades de cada caso”, explica a Dra. Giovanna Gabriele.

Segundo a especialista, nódulos que possuem menos de dois centímetros dificilmente conseguirão ser percebidos durante o toque, o que pode levar a um diagnóstico tardio da doença. Da mesma forma que o autoexame também gerar preocupações desnecessárias:

“O autoexame pode gerar uma falsa sensação de segurança ou até mesmo causar ansiedade, pois muitas mulheres, ao sentirem um nódulo ou alteração na mama, ficam preocupadas achando que já estão com câncer. No entanto, nem todo nódulo é maligno; muitas vezes, essas alterações são cistos, fibroadenomas ou outras condições benignas — e, em alguns casos, podem não representar nada grave. Por isso, o melhor ‘autoexame’ é prestar atenção aos sinais do corpo e, em caso de dúvida, procurar um médico especializado”.

A pesquisa “A Mulher perante o Câncer“, realizada pela Pfizer, revela que, apesar do receio das mulheres em relação ao câncer, muitas ainda acreditam que o autoexame é o método mais eficaz para identificar o câncer de mama em sua fase inicial. A pesquisa mostra que 54% das mulheres ainda consideram o toque nas mamas suficiente para detectar possíveis sinais da doença.

Mas em vez do autoexame, a Dra. Giovanna destaca a importância de exames de imagem regulares, como a mamografia, que podem detectar tumores antes de se tornarem palpáveis. “Até os 40 anos, a ultrassonografia é o exame que melhor atende às investigações necessárias. Já a mamografia é o padrão ouro na detecção precoce e deve ser realizada periodicamente em mulheres acima dos 40 anos ou com histórico familiar de câncer de mama,” afirma.

A médica reforça que também não existe prevenção ao câncer de mama, mas que é possível reduzir os riscos de forma eficaz. Para isso, é fundamental fazer consultas regulares com o mastologista e adotar hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos. “Não podemos colocar toda a responsabilidade da detecção nas mãos das mulheres; a boa manutenção da saúde exige acompanhamento médico contínuo, bem como a realização dos exames periódicos necessários,” conclui.

O Outubro Rosa é um momento de conscientização, e o cuidado com a saúde da mama deve ser uma prática constante durante todo o ano. É preciso tirar o foco do autoexame e colocá-lo na educação sobre as medidas mais eficazes e na consulta médica regular. É assim que aumentamos as chances de detecção precoce e de tratamento com melhores resultados, com chances de cura de até 95%.

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Câncer de mama: o que muda na vida sexual após diagnóstico

Por CNN

O câncer de mama impacta a vida das mulheres de diferentes formas. Além dos sintomas próprios da doença e dos efeitos causados pelo tratamento, o impacto na saúde psicológica também pode trazer consequências para a vida sexual e para a autoestima.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia – regional São Paulo (SBM-SP), apesar de pouco estudada, a disfunção sexual em pacientes com câncer de mama é comum (ocorrendo em cerca de 25% a 66% dos casos).

Os maiores problemas são diminuição do interesse sexual (49,3%), dispareunia [dor genital] (entre 35% e 38%), preocupações quanto à imagem (10-14%), excitação (5%) e orgasmo (5%).

Isso pode estar relacionado ao próprio tratamento do câncer de mama, que inclui quimioterapia, radioterapia e cirurgia (tanto a conservadora, que remove apenas a região afetada pelo tumor, quanto a mastectomia, que consiste na remoção total ou parcial da mama).

Segundo a entidade, esses tratamentos podem resultar em mudanças físicas como queda de cabelo, deformidade nos seios ou na parede torácica, mudanças na textura da pele, falência ovariana, irritação na vulva, fogachos e ganho ou perda de peso, podendo, muitas vezes, afetar a autoestima das pacientes.

“Os tratamentos, como quimioterapia e terapias hormonais, afetam diretamente os níveis de hormônios, como a diminuição do estrógeno e da progesterona. Isso pode causar sintomas como secura vaginal e desconforto, causando uma queda na libido. Além disso, para muitas mulheres, a menopausa induzida pelo tratamento pode trazer essas mudanças de forma mais brusca, o que impacta a vida sexual”, explica Giovanna Gabriele, mastologista especialista em cirurgia oncológica, reparadora e estética, à CNN.

Fatores psicológicos podem afetar a saúde sexual
Apesar de o tratamento poder levar a sintomas físicos que podem impactar na libido e na autoestima da mulher, fatores psicológicos também têm papel importante na sexualidade feminina. Segundo Gabriele, o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama afetam a maneira como a mulher se enxerga, abalando a autoestima, principalmente após procedimentos como a mastectomia.

“Muitas mulheres passam a sentir que perderam parte da sua feminilidade, o que impacta diretamente na maneira como enxergam sua sexualidade. Além disso, o medo, a ansiedade e o estresse relacionados ao câncer e à recuperação podem criar um bloqueio emocional que interfere na libido”, afirma.

Suporte psicológico e terapias específicas podem ajudar
Diante dos impactos na autoestima e na vida sexual decorrentes do câncer de mama, o suporte psicológico passa a ser fundamental na vida da paciente. É através da terapia psicológica que a mulher poderá expressar suas emoções e lidar com as mudanças impostas pelo tratamento de maneira saudável.

“Estratégias como a terapia cognitivo-comportamental ajudam a reformular pensamentos negativos e a resgatar a autoestima. Além disso, a terapia sexual pode ajudar a mulher e/ou o casal a reconstruir a vida sexual, encontrando novos caminhos para a intimidade”, orienta Gabriele.

A adoção de práticas saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de atividade física, também pode ajudar nesse processo, além de exercícios que fortaleçam o assoalho pélvico e o uso de lubrificantes, que podem ajudar a aliviar o desconforto em casos de dor nas relações sexuais.

Tratamentos hormonais também podem ser úteis, mas não para todas as pacientes de câncer de mama. “Em casos de câncer de mama hormônio-dependente, geralmente os tratamentos hormonais são contraindicados, mas podem ser prescritos a depender do caso, sob supervisão médica e após um período do tratamento”, afirma Gabriele.

“Mas há outras opções não hormonais, como cremes específicos, que podem ser considerados com o acompanhamento de um médico”, acrescenta.

A reconstrução da mama operada também pode ajudar a impactar positivamente a autoestima da mulher e ajudá-la a se reconectar com sua identidade e confiança. “Existem várias formas de reconstrução, usando implantes ou tecido da própria paciente. É importante lembrar que a sensação na mama reconstruída pode ser diferente, mas o resultado estético pode ser muito significativo para a autopercepção”, afirma a mastologista.

A reconstrução mamária pode ser realizada no mesmo momento da cirurgia oncológica, imediatamente após a remoção do tumor, segundo a especialista.

Por fim, a mastologista ressalta: “A retomada da libido deve ser feita com paciência e cuidado, respeitando o ritmo de cada mulher.”

VEJA AQUI: Câncer de mama: o que muda na vida sexual após diagnóstico

Mamilo invertido: condição pode ter origem no nascimento ou ser adquirida posteriormente

O mamilo invertido é um tipo de alteração na mama que pode afetar mulheres ou homens. Se surge na infância ou na adolescência, não costuma estar associada a problemas de saúde. Porém, se a inversão acontecer após o desenvolvimento mamário, pode estar relacionada a causas oncológicas ou infecciosas.

​​O que é mamilo invertido?

Normalmente, os mamilos costumam apontar para fora, se sobrepondo à aréola das mamas. No entanto, em pessoas que apresentam inversão, o mamilo fica todo internalizado. Há ainda casos de retração, em que apenas parte do mamilo está puxada para dentro.

Tais alterações podem ocorrer em uma ou em ambas as mamas, sendo congênitas ou adquiridas.

​Mamilo invertido congênito

O mamilo invertido congênito geralmente é diagnosticado pelo pediatra, uma vez que a criança já nasce com essa condição. Na maioria das vezes, é bilateral e está associado ao histórico familiar – ou seja, outras pessoas da família também nasceram assim.

​Existe tratamento para mamilo invertido congênito?

Em geral, o mamilo invertido congênito é tratado com conduta expectante até a adolescência. É feito apenas um acompanhamento, porque a maioria dos casos acabam regredindo espontaneamente dentro desse período.

Para os pacientes que não melhoram, existe o tratamento cirúrgico para remoção da fibrose (que é o que encurta os ductos retropapilares e contribui para a inversão do mamilo).

​Mamilo invertido adquirido

O mamilo invertido adquirido corresponde a casos em que o mamilo era projetado para fora, porém inverteu para dentro em algum momento.

​​Mamilo invertido adquirido: o que pode ser?

O mamilo invertido adquirido não costuma causar dor nas mamas e pode ser causado por diversos fatores, incluindo:

  • Perda de peso importante;
  • Infecções;
  • Câncer de mama;
  • Traumas locais (batidas);
  • Processo de cicatrização após alguma cirurgia (de tórax, por exemplo).

​É normal ter mamilo invertido?

Existem casos de mamilos invertidos que são apenas uma queixa estética, e não funcional. Especialmente se a alteração é notada na infância ou na adolescência, não costuma haver motivos para preocupação.

Mas, mesmo que a condição não esteja associada a complicações de saúde, pode-se indicar a cirurgia para solucionar o incômodo do paciente.

​Quando o mamilo invertido é preocupante?

É imprescindível que casos de mamilo invertido adquirido sejam investigados. Quando essa alteração surge após o desenvolvimento mamário, pode ter relação com causas infecciosas ou oncológicas que requerem tratamento.

​​Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de mamilo invertido é feito por meio do exame clínico associado à história pessoal do paciente.

Para complementar o diagnóstico e guiar o tratamento, também podem ser solicitados exames adicionais – como ultrassom, mamografia, ressonância magnética e exames de sangue.

​​Qual médico procurar?

O médico mastologista é o profissional mais habilitado para avaliar alterações nos mamilos e nas mamas de forma geral.

Marque sua consulta para avaliar a saúde das suas mamas.

Fonte: https://www.h9j.com.br/pt/sobre-nos/blog/mamilo-invertido

BI-RADS: entenda o resultado do exame de mamas

Os exames de imagem são essenciais para o diagnóstico precoce do câncer de mama. E as alterações encontradas neles são classificadas de acordo com um sistema chamado Bi-rads, que indica o risco de serem câncer. Siga na leitura e saiba mais sobre essa padronização.

O QUE É BI-RADS NOS EXAMES DE MAMA?

O BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) é um sistema de padronização utilizado para classificar as alterações encontradas em exames mamários de imagem, como mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética.

A escala varia de 0 a 6 e não corresponde a um diagnóstico, mas sim a uma descrição que representa o risco de o achado ser um câncer de mama, orientando a conduta médica após o exame.

Uma eventual confirmação do câncer de mama só é feita depois de uma biópsia, ou seja, quando se retira um fragmento do nódulo ou lesão e este material é analisado em laboratório para concluir se é realmente um câncer.

BI-RADS 0

Há um achado, mas não foi possível caracterizá-lo (ele é incompleto ou inconclusivo), sendo então necessária uma avaliação adicional para maiores esclarecimentos por meio de outros exames de imagem.

BI-RADS 1

Não há nenhum achado, o exame é considerado normal e recomenda-se manter o rastreamento de rotina.

BI-RADS 2

Há um achado benigno, como a presença de cicatrizes cirúrgicas ou de próteses de silicone, sendo recomendado a manutenção dos exames de rastreamento.

BI-RADS 3

Provavelmente trata-se de um achado benigno (98% de chance de benignidade). Nesse caso, é recomendado repetir o exame em intervalos semestrais.

BI-RADS 4

Achado suspeito, que deve ser submetida a biópsia.

BI-RADS 5

Achado altamente suspeito de malignidade (com 95% de chance de ser câncer), devendo este ser submetido a biópsia.

BI-RADS 6

Nesse caso, já há um diagnóstico de câncer. O BI-RADS 6 é definido quando a paciente ainda não operou, mas realiza o exame para conferir, por exemplo, se o tumor diminuiu após sessões de quimioterapia ou para que a cirurgia seja planejada.

BI-RADS 0 É PREOCUPANTE?

Na maioria das vezes, não. Mas os exames complementares são necessários para que a classificação correta e o melhor diagnóstico sejam estabelecidos.

BI-RADS 2 PODE VIRAR CÂNCER?

Não. Achados Bi-Rads 2 são 100% benignos e não viram câncer.

NÓDULO BI-RADS PODE SUMIR?

Nódulos verdadeiros não somem espontaneamente. O que ocorre é que às vezes existem ilhotas de gordura que simulam nódulos – e esses podem desaparecer em exames futuros.

QUANDO O RESULTADO DA MAMOGRAFIA É PREOCUPANTE?

Quando o resultado for Bi-Rads 4 ou 5. Nos casos de Bi-Rads 3, a avaliação da mamografia deve ser feita por um médico especialista, no caso por um mastologista, para avaliar os históricos pessoal e familiar e exames anteriores da paciente. Então, é traçada a melhor conduta para o caso.

Quando o resultado for Bi-Rads 0, é muito importante a realização de um exame de imagem complementar para se chegar a um diagnóstico.

QUAL MÉDICO PROCURAR?

Quando há suspeita de câncer de mama ou qualquer alteração ou dúvida nos exames mamários, o médico a ser consultado é o mastologista, profissional especialista na saúde das mamas.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA?

Segundo a SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), as mulheres a partir dos 40 anos devem realizar uma mamografia de rastreamentoanualmente. O exame é um tipo de radiografia das mamas que identifica alterações suspeitas de câncer. Quando realizada preventivamente, ela pode diagnosticar lesões bem pequenas, ainda não palpáveis e que podem estar numa fase pré-maligna.

Para chegar a um diagnóstico, o médico ainda pode pedir uma ultrassonografia ou até mesmo uma ressonância magnética.

Além disso, as mulheres devem estar atentas a qualquer alteração nas mamas, como um nódulo endurecido no seio, mamilo invertido, inchaço e/ou vermelhidão na região, secreção nos mamilos, entre outros.  Em caso de suspeita, devem procurar um médico para uma investigação.

Fonte: https://altadiagnosticos.com.br/saude/bi-rads