Julho 11, 2023
Apesar das pautas da população LGBTQIAPN+ estarem em constante avanço, ainda existem tabus e falta de acesso a assuntos de saúde em geral, inclusive no rastreamento de câncer. Pessoas transexuais e transgêneros também são suscetíveis a ter câncer de mama e devem buscar uma mastologista, bem como realizar exames de rastreamento.
Para fortalecer o movimento e promover saúde nesse mês do orgulho LGBTQIAPN+, trouxe informações pertinentes sobre o rastreamento do câncer de mama para a população trans:
Homens trans que optaram por não realizar a cirurgia de mastectomia (remoção das mamas) devem seguir as mesmas recomendações de rastreamento que são indicadas para mulheres cisgênero. Isso inclui exames clínicos periódicos e mamografias a partir dos 40 anos.
No caso daqueles que passaram pela mastectomia, é recomendado que realizem o autoexame regularmente e busquem aconselhamento genético. Se houver necessidade de exames adicionais, a ultrassonografia é o método mais indicado.
Já em mulheres trans, o rastreamento por meio de mamografia é recomendado a partir dos 50 anos e após 5 anos de uso dos hormônios feminizantes, a cada 1 ou 2 anos.
Mulheres trans com menos de 30 anos e que utilizam hormônios feminilizantes: após 2 a 3 anos de estrogenioterapia, é indicado realizar primeiro a ultrassonografia, seguida da mamografia.
Outras considerações em rastreamento em mulheres trans
Em casos de câncer de mama pode ser necessário interromper a reposição de estrogênio. É recomendada a avaliação da mastologista para analisar as variáveis, como o status do receptor hormonal, presença de mutação genética e o tipo e estado da doença.
Não é recomendado o autoexame para rastreamento. Apenas os exames de imagem.
Vale ressaltar, que o tipo de transição de gênero realizada pode interferir no risco do desenvolvimento do câncer, por isso é indispensável o acompanhamento de uma mastologista para avaliar cada caso individualmente e trazer recomendações mais direcionadas.