Por que as mamas doem?

As dores nas mamas também conhecidas como mastalgia, são uma queixa comum entre as mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o desconforto atinge 70% das mulheres e, em sua maioria, não apresenta riscos a saúde das mamas.

Quando a mastalgia ocorre:

No período pré-menstrual e menstrual, conhecida como mastalgia cíclica.

Na gravidez e menopausa, podendo ter associação com casos de traumas, cistos, inflamações, e é definida como mastalgia acíclica.

E a extramamária, sendo efeito colateral de outro quadro clínico que não seja nas mamas.

As dores nas mamas são preocupantes quando são persistentes ou sem motivo aparente, podendo ser um sintoma de cistos, câncer de mama, doença de paget ou mastite.

Nesses casos é necessária a avaliação de uma mastologista.

Em casos de dores persistentes ou sem motivos aparente converse com uma mastologista.

Reposição hormonal após câncer de mama: conheça as restrições e cuidados

Após o tratamento do câncer de mama, algumas mulheres podem sentir os sintomas da menopausa como resultado da quimioterapia ou dos medicamentos usados durante o tratamento.

Para aliviar esses sintomas, em alguns casos, pode ser feito o uso de reposição hormonal para substituir os hormônios que a mulher deixa de produzir, porém dependendo do caso, o recurso pode trazer mais riscos do que benefícios para a paciente.

Em um ensaio clínico, o estudo HABITS, apontou que mulheres que haviam passado pelo tratamento de câncer de mama e faziam uso de reposição hormonal tinham mais probabilidade de desenvolver ou voltar a ter a doença do que as que não tomavam.

Isso acontece porque a reposição hormonal é composta pelo hormônio feminino, o estrogênio, o qual existe uma ligação entre seus níveis e o crescimento do câncer de mama.

Por isso, mulheres que passaram pelo tratamento de câncer de mama não podem fazer uso de reposição hormonal. Caso esteja sentindo sintomas de menopausa, como ondas de calor, é preciso informar a médica mastologista para indicação de outros métodos sem o uso de hormônio.

Se você tiver com sintomas de menopausa, como ondas de calor, após ter tido câncer de mama, converse com sua médica para juntas decidirem o melhor método para aliviar os sintomas.

4 dicas para quem vai fazer mamografia pela primeira vez

Fazer a mamografia pode dar um pouco de medo, afinal existem muitos mitos envolvendo o exame. Por isso, separei 4 dicas que vão fazer a diferença na hora do exame:

  1. Não utilize hidratantes ou desodorantes na região da axila e mamas;
  2. Evite fazer o exame no período menstrual ou pré menstrual devido a sensibilidade mamária;
  3. Use vestimentas de duas peças, como blusa, calça, saia e entre outros;
  4. Relaxe e respire fundo! O exame pode ser um pouco desconfortável, mas é necessário para a sua saúde.

Lembre-se: a mamografia é essencial para a sua saúde e das suas mamas.

Não tenho histórico de câncer de mama na família, posso vir a ter?

Sim! A herança genética ou histórico familiar é um dos fatores de câncer de mama, mas não é o único!

Várias pacientes chegam para mim com esse tipo de dúvida ou se ter caso de câncer na família já é um indicativo de que a mulher irá desenvolver câncer.

Na verdade, o câncer por herança genética ou hereditário representa cerca de 10% dos casos de câncer de mama. Existem outros fatores de risco como: característica mamária, estilo de vida e idade.

Com ou sem histórico, é necessário realizar os exames de mapeamento e passar por avaliação de uma médica mastologista.

Aconselhamento genético: na prevenção do câncer

Estudos mostram que cerca de 10% dos cânceres são hereditários, o que chamamos de histórico familiar de câncer. Por isso, é importante o aconselhamento genético para prevenção de doenças como o câncer.

Neste vídeo, eu te explico a importância e como funciona o aconselhamento genético.

Mastectomia Masculinizadora: Saiba o que é!

Mastectomia masculinizadora é um procedimento cirúrgico importante para as pessoas que se reconhecem no gênero masculino.

Esse procedimento pode ser um aliado na inclusão e diversidade de gênero, além de ser a realização de um sonho para quem deseja fazer. Se você está considerando a mastectomia masculinizadora ou tem interesse em aprender mais sobre o assunto, este vídeo é para você!

 

A partir de que idade pode ser feita a cirurgia mamária?

Não existe uma idade mínima para fazer cirurgias mamárias. O que vai definir a possibilidade ou não é o desenvolvimento da mama, ou seja, após a menstruação e com a formação completa do peito, a mulher já pode fazer cirurgias, seja de aumento, redução, entre outras.

Lembre-se: em caso de menores de 18 anos é necessária a autorização dos pais para realização da cirurgia. E, claro, da liberação da médica mastologista!

Razões para fazer a retirada do silicone

Tem sido cada vez mais comum a retirada de implantes mamários, tanto por mudanças estéticas e no estilo de vida, quanto por questão de saúde.

Nesse vídeo, eu te explico mais sobre esse movimento e como ocorre o explante da prótese de silicone.

 

Rastreamento do câncer de mama em pessoas transexuais e transgêneros

Apesar das pautas da população LGBTQIAPN+ estarem em constante avanço, ainda existem tabus e falta de acesso a assuntos de saúde em geral, inclusive no rastreamento de câncer. Pessoas transexuais e transgêneros também são suscetíveis a ter câncer de mama e devem buscar uma mastologista, bem como realizar exames de rastreamento.

Para fortalecer o movimento e promover saúde nesse mês do orgulho LGBTQIAPN+, trouxe informações pertinentes sobre o rastreamento do câncer de mama para a população trans:

Homens trans que optaram por não realizar a cirurgia de mastectomia (remoção das mamas) devem seguir as mesmas recomendações de rastreamento que são indicadas para mulheres cisgênero. Isso inclui exames clínicos periódicos e mamografias a partir dos 40 anos.

No caso daqueles que passaram pela mastectomia, é recomendado que realizem o autoexame regularmente e busquem aconselhamento genético. Se houver necessidade de exames adicionais, a ultrassonografia é o método mais indicado.

Já em mulheres trans, o rastreamento por meio de mamografia é recomendado a partir dos 50 anos e após 5 anos de uso dos hormônios feminizantes, a cada 1 ou 2 anos.

Mulheres trans com menos de 30 anos e que utilizam hormônios feminilizantes: após 2 a 3 anos de estrogenioterapia, é indicado realizar primeiro a ultrassonografia, seguida da mamografia.

Outras considerações em rastreamento em mulheres trans

Em casos de câncer de mama pode ser necessário interromper a reposição de estrogênio. É recomendada a avaliação da mastologista para analisar as variáveis, como o status do receptor hormonal, presença de mutação genética e o tipo e estado da doença.

Não é recomendado o autoexame para rastreamento. Apenas os exames de imagem.

Vale ressaltar, que o tipo de transição de gênero realizada pode interferir no risco do desenvolvimento do câncer, por isso é indispensável o acompanhamento de uma mastologista para avaliar cada caso individualmente e trazer recomendações mais direcionadas.

O que é mastologista? Descubra como posso te ajudar!

O mastologista é especializado na saúde das mamas, ou seja, é responsável por prevenir e/ou tratar todas as complicações benignas ou malignas das mamas.

▶ Nesse vídeo trouxe mais informações sobre a minha profissão e como posso te ajudar!