Calcificações agrupadas podem ser câncer?

As calcificações na grande parte dos casos são alterações benignas e não indicam ou vão evoluir para o câncer de mama. Porém, quando há crescimento de células dentro do ducto mamário, podem ser consideradas calcificações suspeitas, principalmente quando agrupadas.

Nesses casos, o que irá diagnosticar como câncer ou não é o resultado da biópsia. Por isso, em caso de alterações mamárias é imprescindível consultar a médica mastologista.

Fitas adesivas de sustentação: aliada ou vilã?

As fitas adesivas de sustentação são cada itens usados cada vez mais recorrentes entre mulheres que possuem mamas volumosas e/ou usam roupas decotadas.
Mas seu uso contínuo pode prejudicar a saúde das mamas, especialmente em mulheres que possuem a pele mais sensível, por isso, devemos ter atenção redobrada e um maior cuidado ao utilizá-las.

Caso precise utilizar, lembre-se de usar protetor de auréola, não colocar por cima de cicatrizes, lesões. Caso a pele esteja inflamada ou sensível, não utilizar por tempo prolongado.

3 Mitos sobre testes genéticos

Os testes genéticos são uma ótima ferramenta para identificar o risco de câncer de cada pessoa, mas durante minhas consultas de aconselhamento genético noto que existem muitas dúvidas e mitos sobre o assunto.

Hoje vamos desvendar os 03 maiores mitos e explicar um pouco mais sobre cada um deles.

1- Só quem precisa fazer testes genéticos são pessoas com histórico de câncer na família.

Apesar do histórico familiar ser um fator de risco importante, qualquer pessoa pode considerar fazer o teste genético para saber seus riscos pessoais.

2- Testes genéticos positivos são indicativos de que é certo desenvolver câncer

Um resultado positivo de mutações genéticas indica um risco maior de desenvolver câncer, mas não pode dar certeza de que a doença vai se desenvolver. Ele fornece informações importantes para ajudar na redução do risco e detecção da doença.

3- Um resultado negativo para mutações genéticas significa que nunca terei câncer.

Os testes genéticos com resultados negativos para mutações genéticas não significam que a pessoa nunca desenvolverá o câncer ou está imune a ele. Existem outros fatores de risco, como o estilo de vida de cada um.

 

“Existe ligação entre a perda de peso e o risco de câncer de mama?”

Cada vez mais pessoas têm buscado por mais saúde e qualidade de vida. Por isso, o número de cirurgias bariátricas tem se tornado uma crescente no Brasil.

Recentemente, JoJo Toddynho deu uma entrevista falando sobre sua decisão de se submeter a cirurgia. Não é de agora que a cantora tem optado por melhorar a saúde através de hábitos mais saudáveis, como fazer exercícios físicos.

Se você me acompanha a um tempo, já deve ter me visto falar da importância de manter hábitos mais saudáveis e como a obesidade aumenta o risco do câncer de mama.

Esse foi o questionamento levantado por um estudo publicado no JAMA (2023), com 69.260 mulheres de diferentes Índices de Massa Corporal (IMC), durante cinco anos, divididas em dois grupos: com bariátrica e sem o procedimento cirúrgico.

Também foram feitos subgrupos de acordo com o IMC.

O grupo que realizou a cirurgia bariátrica, e perdeu peso, apresentou uma diminuição no risco de câncer de mama em comparação ao grupo com sobrepeso e/ou obesidade.

menor destaque: “Não houve risco residual de câncer de mama associado à perda de peso após a cirurgia bariátrica” (JAMA, 2023)

Portanto, mulheres que possuem o IMC < 25, com o auxilio da cirurgia bariátrica, apresentam menos risco de câncer de mama. Bem como, uma melhora na qualidade de vida e no risco de desenvolver outros tipos de doença.

Quimioterapia: o que esperar durante o tratamento.

A quimioterapia é um tratamento utilizado com frequência em pacientes do câncer de mama e pode ser administrado de várias maneiras. Sua indicação é baseada de acordo com a extensão e localização da doença.

Ela pode ser bastante efetiva, mas também proporciona efeitos colaterais temporários que variam de pessoa para pessoa, como náuseas, perda de cabelo, fadiga e perda de apetite que podem ser gerenciados com medicamentos e terapias complementares.

Como passar pelo tratamento:

Acompanhamento médico para avaliar a resposta ao tratamento;
Apoio de pessoas queridas como familiares;
Usar calçados e roupas confortáveis;
Beber bastante água;
Levar materiais para se distrair, como livro, videogames, palavras cruzadas, entre outros.

O que é gigantomastia?

A gigantomastia é uma condição que pode ser causada por fatores genéticos e/ou hormonais. Ela pode causar desconforto para a mulher e problemas como dores e baixa autoestima.

A Gigantomastia se caracteriza pelo crescimento exacerbado das mamas, gerando desproporcionalidade do peito em relação ao resto do corpo.

Essa condição pode causar dores nas costas e ombros, problemas posturais, assaduras, dificuldade de encontrar roupas, e restrição da mobilidade.

Mamas grandes demais também podem causar baixa autoestima e prejudicar a qualidade de vida da mulher.

Em muitos casos, para além do uso do sutiã com suportes adequados, é indicada a realização da mamoplastia redutora ou cirurgia de redução das mamas.

Esse procedimento alivia os sintomas físicos de forma duradoura pela diminuição do volume e tamanho das mamas.

O tratamento mais indicado para a gigantomastia é a mamoplastia redutora, mas a decisão deve ser tomada a partir do estado clínico da paciente e avaliação da médica mastologista.

Se você tem gigantomastia ou alterações nas mamas, agende uma consulta com a mastologista para aconselhamento!

Afinal, como é a vida após o câncer de mama?

No cenário global de conscientização sobre o câncer de mama, estamos no mês internacionalmente reconhecido como o “Outubro Rosa”. Durante este período, o foco é direcionado para a promoção do diagnóstico precoce e a prevenção da doença.

Você sabia que o câncer de mama afeta uma em cada quatro mulheres diagnosticadas com câncer em todo o mundo? E que uma em cada oito mulheres pode receber esse diagnóstico ao longo de suas vidas? De acordo com estimativas do Global Cancer Observatory (Globocan), elaboradas pela International Agency for Research on Cancer (Iarc), um em cada cinco indivíduos enfrentará o câncer em algum momento de suas vidas.

Os dez principais tipos de câncer representam mais de 60% do total de casos novos. Entre as mulheres, o câncer de mama é o mais comum, com 2,3 milhões de casos novos (24,5%), seguido pelo câncer de cólon e reto, com 865 mil casos (9,4%); câncer de pulmão, com 771 mil casos (8,4%); câncer de colo do útero, com 604 mil casos (6,5%); e câncer de pele não melanoma, com 475 mil casos novos (5,2%) em todo o mundo.

Entretanto, é crucial direcionar nossa atenção não apenas ao diagnóstico e tratamento, mas também ao período pós-tratamento, e compreender como as mulheres enfrentam a vida após a superação do câncer de mama.

Mesmo após vencer a doença, as mulheres enfrentam uma batalha contínua. Por isso, é de suma importância abordar a vida pós-câncer de mama, pois essa discussão abrange aspectos físicos, emocionais e sociais que frequentemente são negligenciados.

“O tratamento do câncer de mama não se encerra com a cirurgia ou a última sessão de quimioterapia. É crucial estabelecer um acompanhamento contínuo pós-tratamento para assegurar uma melhor qualidade de vida para a paciente. Muitas vezes, os profissionais de saúde negligenciam a visão holística da mulher, esquecendo que ela possui uma vida, família, filhos ou desejo de tê-los e um trabalho. Após o tratamento, é certo que ela terá dúvidas, inclusive sobre sua própria identidade naquele momento”, enfatiza a Dra. Giovanna Gabriele, médica Mastologista do corpo clínico do hospital Sírio-Libanês, membro da Comissão de Genética e Alto Risco da Sociedade Brasileira de Mastologia – regional São Paulo e coordenadora de equipe dos hospitais Nove de Julho e São Camilo Pompeia, em São Paulo (SP).

Para Giovanna, é essencial oferecer apoio às pacientes com câncer após o tratamento, uma vez que é muito comum que essas mulheres percam o prazer de viver, devido às sequelas agudas e crônicas que as acompanharão ao longo da vida, como os impactos das alterações na imagem corporal, sintomas da menopausa (quando induzida), fadiga, depressão, baixa libido, estresse e ansiedade.

“Ela pode levar uma vida maravilhosa, contanto que tenha uma rede de apoio e pessoas dispostas a contribuir para sua recuperação pós-tratamento. Algumas coisas não serão mais como antes, por isso é necessário ter uma mentalidade positiva e acompanhamento médico e psicológico apropriados. É por isso que muitas vezes ela se questiona: ‘será que tudo continua igual?’ e depois, ‘será que sou menos mulher?” comenta a especialista.

Uma história de superação e esperança

Kelly Pinheiro, Diretora Executiva da agência Mclair Comunicação, é um exemplo inspirador de alguém que enfrentou o câncer de mama e emergiu ainda mais forte. Durante esse período desafiador, sua médica foi a Dra. Giovanna Gabriele. Kelly não apenas venceu a doença, mas transformou essa experiência em uma oportunidade para compartilhar sua jornada, inspirando outras mulheres a enfrentar o câncer com coragem e determinação.

“Tive o apoio de familiares, amigos e profissionais extremamente atenciosos. Sei que com o suporte adequado e a determinação, é possível não apenas sobreviver ao câncer de mama, mas também construir uma vida plena e significativa após a doença. Hoje, utilizo tudo o que me fortaleceu para ajudar outras mulheres a encontrarem sua própria força”, compartilha Kelly.

Há vida após o câncer de mama

A jornada de enfrentar essa doença desafiadora é, sem dúvida, árdua e repleta de desafios. No entanto, é importante lembrar que a superação do câncer de mama não é o fim, mas o começo de uma nova fase da vida. Há sim vida após o câncer de mama, e uma vida cheia de possibilidades, crescimento e renovação.

Além do simbolismo do Outubro Rosa, é fundamental que continuemos a enfatizar a importância do acompanhamento médico constante e do suporte emocional a toda paciente que enfrenta ou que já enfrentou a doença.

Fonte: https://www.onortao.com.br/afinal-como-e-a-vida-apos-o-cancer-de-mama-2/