A ginecomastia é o crescimento anormal das mamas em homens. A condição é causada por um desequilíbrio hormonal e tem um forte impacto na autoestima dos indivíduos que são diagnosticados com o problema. Continue a leitura para entender melhor como ela ocorre e quais as formas de tratamento disponíveis.
Neste artigo, você vai ler:
O que é ginecomastia?
A ginecomastia é caracterizada pelo crescimento benigno do tecido glandular mamário masculino causada pelo aumento de duas estruturas das mamas: os ductos (que, nas mulheres, servem para transportar o leite na amamentação, o que não ocorre nos homens); e o estroma periductal (tecido que ajuda na sustentação das mamas).
Ginecomastia Grau 1
O primeiro grau da ginecomastia é caracterizado pelo discreto aumento das mamas masculinas. Vale ressaltar que, nesses casos, não há sobra de pele. Nessa fase, quando não há regressão espontânea do quadro, é recomendado o tratamento medicamentoso.
Ginecomastia Grau 2
O segundo grau da ginecomastia é talvez o mais comum tratado pelos mastologistas. Ele é subdividido em dois tipos:
- Grau ll A: caracterizado pelo aumento do volume glandular ou gorduroso, estendendo-se além das aréolas, preenchendo geralmente a região inferior do peito, ainda sem excesso de pele.
- Grau ll B: praticamente igual ao descrito no Grau ll A, porém, neste caso, já apresenta excesso de pele na região torácica.
Ginecomastia Grau 3
O terceiro grau da ginecomastia é caracterizado por um aumento grande e significativo das mamas associado a uma maior sobra de pele. Quando o volume é muito grande, o quadro é chamado de macroginecomastia.
Todo esse volume pode causar ptose mamária (mamas caídas). As sobras de pele comprometem o aspecto geral do tórax e causam impacto negativo na autoestima o paciente. Por isso, nesse estágio, a cirurgia mamária é recomendada.
O que causa ginecomastia?
A causa provável da ginecomastia é um desequilíbrio na relação entre os hormônios andrógenos, que impedem o crescimento mamário, e estrógenos, que estimulam e aumentam o desenvolvimento glandular.
As causas desse desequilíbrio podem ser transitórias ou permanentes, fisiológicas ou patológicas ou até mesmo induzidas pelo uso de algumas medicações. Vale ressaltar que em aproximadamente 25% dos casos, no entanto, a causa do problema não é descoberta.
Quais são os sintomas de ginecomastia?
De maneira clínica, os sintomas podem se apresentar como um pequeno botão (protuberância) mamária atrás ou abaixo da aréola ou até mesmo com características semelhantes às de uma mama feminina. A ginecomastia pode ser uni ou bilateral e, ocasionalmente, dolorosa em alguns pacientes.
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Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da ginecomastia é feito por meio da anamnese (entrevista clínica), do exame físico específico realizado pelo mastologista e da análise dos resultados de exames laboratoriais, como as dosagens séricas de hormônios como estradiol, HCG, testosterona, prolactina, LH (hormônio luteinizante) e TSH (hormônio tiroestimulante).
Deve-se incluir também exames de imagem como mamografia e ultrassonografia, importantes para reconhecer o que é glândula e o que é tecido gorduroso nas mamas.
Esses exames são importantes para diferenciar o quadro de outros diagnósticos, como câncer de mama (carcinoma mamário), pseudoginecomastia ou lipomastia (condição presente em pacientes obesos).
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Como é feito o tratamento para ginecomastia?
O tratamento para ginecomastia é feito de forma individualizada e levando-se em conta a causa do problema. Nos casos induzidos por medicamento, por exemplo, normalmente basta suspender o uso para que ela se resolva.
Já a ginecomastia provocada por distúrbios hormonais, o tratamento da causa também faz com que ela se resolva. Nas ginecomastias da adolescência ou em idades mais avançadas, poderá haver involução espontânea das mamas.
Quando as mamas são muito volumosas, no entanto, o paciente normalmente se sente muito constrangido e tem prejuízos psicológicos e nas atividades diárias. Nestes casos, é indicado o tratamento cirúrgico.
Medicamentos
O tratamento da ginecomastia pode ser feito por meio do medicamento conhecido como tamoxifeno, utilizado em pacientes com câncer de mama, mas que, como modula a recepção do estrógeno no corpo, também tem eficácia no tratamento da ginecomastia.
O uso de medicação, no entanto, é indicado apenas em alguns casos na fase da puberdade, quando o quadro pode levar ao surgimento de transtornos psicológicos importantes no paciente.
Cirurgia para Ginecomastia
Em casos mais avançados e quando o impacto psicológico é muito grande, a cirurgia pode ser recomendada para tratar a ginecomastia. Em mamas pouco volumosas, o procedimento é feito a partir de um pequeno corte ao redor da aréola e por onde a glândula é retirada, não havendo necessidade de retirada de pele.
Já nas ginecomastias volumosas, normalmente é realizado um corte circular com diâmetro maior ao redor da aréola para evitar sobrar pele e ter um melhor e maior acesso para a retirada da glândula. Há também a remoção do excesso de gordura com a técnica de lipoaspiração, melhorando o contorno e aparência do tórax.
Vale ressaltar que a cirurgia é o tratamento de escolha em casos de ginecomastia:
- unilateral;
- muito volumosa (macroginecomastia);
- que persiste mesmo após tratamento clínico/medicamentoso;
- que ocasiona prejuízos estéticos, psicológicos e sociais para o paciente.
Qual médico procurar?
O especialista em diagnosticar e tratar a ginecomastia é o mastologista.
Fonte: https://nav.dasa.com.br/blog/ginecomastia