A raça influencia no risco de alterações das mamas?

Sim, a raça influencia no risco de desenvolver alterações nas mamas, como o câncer de mama. Mulheres negras e judaicas tem uma maior chance de desenvolver a neoplasia ao longo da vida.

Estudos recentes realizados pela JAMA, mostram que a taxa de mortalidade entre as mulheres negras é maior do que em mulheres brancas, hispânicas, asiáticas, entre outras. Outro fato é que a incidência do câncer de mama nesse grupo tem sido maior em mulheres mais jovens e com tipos mais agressivos, como o triplo-negativo.

Além da raça, outros fatores podem estar associados, como o estilo de vida e o acesso a saúde.

É indispensável o cuidado com a saúde das mamas, acompanhamento com a mastologista e, claro, adoção de medidas preventivas para o câncer de mama.

Câncer de mama incidental, já ouviu falar?

O câncer de mama incidental refere-se a um achado em exames de imagem realizados por diversas razões, como procedimentos de cirurgia estética mamária ou durante o acompanhamento de outras doenças, como pneumonia.

Nesses casos, o(a) paciente não apresentava queixas mamárias e não fazia parte do grupo de rastreamento da neoplasia. Mas, durante esses exames de imagem, identifica-se alguma alteração mamária, e ao ser investigada, o câncer de mama é diagnosticado.

Por isso, o câncer de mama incidental configura-se como um achado de exame, sendo que, sem essas avaliações, o tumor não seria descoberto em estágio tão inicial.

Câncer de mama e saúde mental: entenda a relação

O câncer de mama não afeta apenas o físico, mas também o psicossocial das pacientes após o diagnóstico, causando sentimentos de ansiedade, tristeza, solidão e até mesmo depressão.

É importante buscar apoio para combater esses tipos de transtornos.

Dicas para ajudar na saúde mental após o diagnóstico:

  1. Busque apoio profissional de médicos, psicólogos e psiquiatra. Em alguns casos pode ser indicado o uso de medicamentos como antidepressivos.
  2. Participe de grupos de apoio com mulheres que passaram ou estão passando por isso.
  3. Cuide de você mesma através da alimentação saudável, atividade física e outras práticas de autoamor.

🌸 O câncer de mama é uma neoplasia que afeta o corpo e a mente das pacientes, podendo desencadear ou aumentar os casos de ansiedade e depressão. Por isso, após o diagnóstico é importante buscar redes de apoio e apoio profissional.

Cuide de você mesma para recomeçar a vida e vencer a doença e seus efeitos colaterais.

Câncer de mama sem alteração no exame de imagem, é possível?

Câncer oculto na mama é uma condição rara de câncer, por não aparecer nos exames de mama seu diagnóstico é mais difícil.

Sim. O carcinoma oculto da mama é uma forma rara do Câncer de mama, responsável por menos de 1% dos cânceres.

O sintoma se dá pela formação de nódulos axilares aumentados persistentes. Nesses casos, são feitos exames de imagem para análise das alterações.

Infecções e inflamações nas mamas ou nos braços também podem evoluir com linfonodos aumentados. Devido a isso, o diagnóstico é feito apenas após o resultado de biópsia, e assim é realizado o tratamento.

Apesar de ser descoberto pelos linfonodos auxiliares, nem todo caso de dor ou aumento do linfonodo é câncer, o mais comum é nos casos de inflamação e/ou infecções.

Reposição hormonal após câncer de mama: conheça as restrições e cuidados

Após o tratamento do câncer de mama, algumas mulheres podem sentir os sintomas da menopausa como resultado da quimioterapia ou dos medicamentos usados durante o tratamento.

Para aliviar esses sintomas, em alguns casos, pode ser feito o uso de reposição hormonal para substituir os hormônios que a mulher deixa de produzir, porém dependendo do caso, o recurso pode trazer mais riscos do que benefícios para a paciente.

Em um ensaio clínico, o estudo HABITS, apontou que mulheres que haviam passado pelo tratamento de câncer de mama e faziam uso de reposição hormonal tinham mais probabilidade de desenvolver ou voltar a ter a doença do que as que não tomavam.

Isso acontece porque a reposição hormonal é composta pelo hormônio feminino, o estrogênio, o qual existe uma ligação entre seus níveis e o crescimento do câncer de mama.

Por isso, mulheres que passaram pelo tratamento de câncer de mama não podem fazer uso de reposição hormonal. Caso esteja sentindo sintomas de menopausa, como ondas de calor, é preciso informar a médica mastologista para indicação de outros métodos sem o uso de hormônio.

Se você tiver com sintomas de menopausa, como ondas de calor, após ter tido câncer de mama, converse com sua médica para juntas decidirem o melhor método para aliviar os sintomas.

Não tenho histórico de câncer de mama na família, posso vir a ter?

Sim! A herança genética ou histórico familiar é um dos fatores de câncer de mama, mas não é o único!

Várias pacientes chegam para mim com esse tipo de dúvida ou se ter caso de câncer na família já é um indicativo de que a mulher irá desenvolver câncer.

Na verdade, o câncer por herança genética ou hereditário representa cerca de 10% dos casos de câncer de mama. Existem outros fatores de risco como: característica mamária, estilo de vida e idade.

Com ou sem histórico, é necessário realizar os exames de mapeamento e passar por avaliação de uma médica mastologista.

A importância da reconstrução das mamas

A reconstrução mamária desempenha um papel importante na restauração do bem-estar físico e emocional das mulheres, especialmente nos casos de pacientes oncológicas que tiveram que retirar uma parte ou completamente as mamas. Ela pode ser realizada durante ou após a cirurgia para o tratamento do câncer de mama.

O objetivo da reconstrução é restaurar o formato, tamanho e aparência das mamas, mas também proporciona outros benefícios que reforçam sua importância.  Ela pode ser realizada durante a cirurgia ou posteriormente.

As técnicas utilizadas são: implantes mamários, rotação de retalhos de tecido e expansores de tecido.

Além da importância da reconstrução mamária para a recuperação da aparência física das mamas, ela proporciona outros benefícios como:

  • Restaura a imagem corporal e autoconfiança das mulheres;
  • Contribui no bem-estar e equilíbrio emocional;
  • Auxilia o empoderamento;
  • Melhora a qualidade de vida.

É importante que as mulheres que desejam realizar a reconstrução mamária busque orientação de uma mastologista para que juntas decidam qual a melhor técnica para suas necessidades individuais.